segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A Revolução Flexográfica no Mercado de Embalagens



Há algum tempo atrás, a área gráfica, sobretudo indústrias de embalagens flexíveis discutiam intensamente sobre o melhor processo de impressão. A grande questão era: “Rotogravura ou Flexografia?” Com o passar dos tempos, a questão virou a seguinte afirmação: “A qualidade em Roto é muito superior à qualidade em Flexo”. E hoje mudou novamente para: “Roto e Flexo dividem espaço na impressão sem alterar qualidade”.
Pois bem, Rotogravura sempre teve um prestígio clássico por conta da sua impressão fina, seus pontos elípticos e por suportar grandes tiragens sem alterar a qualidade durante a produção. Seu processo eletromecânico de gravação de cilindros, por ser caro, era um alto investimento para os clientes, porém com a garantia de uma qualidade invejada. Já a Flexografia sempre foi vista como inferior à sua parceira. Os sistemas convencionais e falhos de gravação de clichês, impressoras e engrenagens engolindo substratos, marcando o impresso final e causando problemas na impressão, enlouquecia impressores e operadores, tornando-a a última opção de escolha. Mas como tudo nessa vida muda, a Flexografia resolveu mudar também.
Os fabricantes de máquinas impressoras flexográficas decidiram investir em alta tecnologia, velocidade de produção e se dedicaram em eliminar os inúmeros problemas que faziam da Flexografia a segunda opção. Um exemplo disso são as impressoras de banda larga que possuem um sistema sem engrenagem (gearless) e atingem 400 metros por minuto
de velocidade de produção. Com ajuste automático de pressão e troca automática de serviços programados, aumenta a qualidade, a precisão do registro das imagens e diminuem a variação na impressão. Outro aspecto positivo é a diminuição das paradas de máquina e rapidez nos setups das mesmas.
Com todas essas melhorias, a rapidez de uma produção em flexo impactou diretamente na entrega do produto final e começou a se tornar atraente aos olhos de muitos clientes. Mas o que dizer da qualidade dos impressos? A impressão já havia melhorado e a tecnologia já estava avançada nessa etapa do processo. Coube aos profissionais do setor de pré-impressão acompanharem todas essas mudanças significativas. E fizeram isso com sucesso.
Clicherias, prepress, agências, fabricantes de clichês em fotopolímero, fabricantes de fitas e até mesmo de tintas, vernizes e solventes, aumentaram suas tecnologias forçando-os a acompanhar a revolução flexográfica.
Com sistemas de gravação digital diversos, equipamentos para retoque de imagens calibrados, máquinas de provas digitais que simulam fielmente o produto final, uma gama de densidades de fitas acolchoadas para cada tipo de trabalho, tintas e vernizes com tempos de secagem e coberturas
perfeitas, fizeram disso um marco na Flexografia.
Hoje, ela representa boa parte do mercado de embalagens no Brasil e aumenta a cada dia. Com lineaturas variando de 52 lpc a 70 lpc, muitos convertedores tem obtido sucesso em convencer seus clientes, a migrar produtos que anteriormente eram produzidos em Rotogravura para Flexografia sem perder qualidade, sem perder clientes e economizando tempo e investimento. Tudo isso pela qualidade de seus impressos que encantam aos olhos de quem vê.
E o que dizer do meio ambiente? Vivemos num período da história onde palavras tais como sustentabilidade, projetos sustentáveis e ações sociais se tornaram comuns e se propagam como nunca antes. Um processo como o da Rotogravura, onde todo o desenvolvimento gira em torno de metais (cobre, níquel e cromo), tende a ter dificuldades sob o ponto de vista sustentável. Tendo essa visão do agora, mas pensando no futuro de gerações posteriores, a Flexografia sai na frente com insumos à base de água e processos de desenvolvimentos digitais. Isso transmite a confiança necessária para o cliente final.
Moral da História: Não existe competição, pois cada processo tem o seu espaço. Mas nunca subestime a capacidade da Flexografia!




Criado em: 05/11 - Por Débora Higino Sodré
Publicado em: www.aartedasartesgraficas.com.br

2 comentários:

  1. Bom dia Débora, muito bom o artigo. Estou iniciando no ramo de flexografia.. gostaria de algumas dicas.. parceiros... obrigado.. Parabéns.

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  2. Boa Débora...é bom ter pessoas que são apaixonadas pela profissão. Isso faz com que os projetos fiquem mais consistentes e mais qualificados. Adorei o artigo parabéns :)

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